2008-04-08

COMEÇANDO DO ZERO: Análise deste importante ponto para a escala da Viola.

É isso mesmo cumpadre, vamos ver que nem sempre o número zero significa nada! Primeiramente esclarecendo, os "trastes" são encontrados em diversos tamanhos e formas, sendo os mais conhecidos os tamanhos FINO / MÉDIO/ JUMBO (ordem crescente de tamanho). Nos instrumentos mais antigos, eram usados os de "latão" (aqueles amarelados). Interessante os trastes da Viola de cocho, parente próxima da nossa Viola de Pinho, seus trastes eram feitos de barbante e grudados com cera. Hoje os trastes são vendidos em rolos (por metragem) ou já picados. Vamos ao ponto:
TRASTE ZERO: O traste zero é uma característico em instrumentos antigos, foi usado até mesmo no violão. Hoje quase não se encontra no mercado de violões, guitarras, bandolins e outros conhecidos instrumentos de corda este tipo de construção. Isso pois a pestana de osso, neste instrumentos funciona como o traste zero, e a altura das cordas é também regulada no próprio osso. Na "contramão", mostrando sua identidade forte e apego à tradição, nas Violas Caipiras o traste zero é ainda muito utilizado pelos seus fabricantes, sejam industriais ou artesanais (foto ao lado).

DICA: Usar o traste zero implica usar uma "ação" de cordas baixas. Seu uso permite um som mais estalado pelo fato de que as cordas passam sobre o metal do traste zero (foto ao lado), e o osso apenas serve como separador dos pares das 10 cordas. A dica interessante é usar SOMENTE no traste zero, um tamanho maior, ou seja o JUMBO. Exemplo: Se escolher trastar a Viola com trastes finos ou médios, o traste zero deve ser jumbo. Dessa forma, é possível diminuir problemas com trastejamento nas primeiras casas, as cordas passarão com uma altura ideal sobre toda a escala. Êita viola!

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Abraço de Violeiro

Luciano Borges