2008-04-24

RECIPIENTE PARA MOLHAR* A MADEIRA: "Vixi, a Viola entrou pelo cano."

Eita Viola cinturada! Uma forma bem fácil, e ecologicamente correta (economiza água), de encharcar a madeira para poder dobrá-la. Sabemos que para formar a cintura da viola, e até mesmo do violão, é necessário (depois de afinar a madeira) molhá-la em água quente para que se torne maleável. E onde arrumar um "bacião" que caiba as laterias em média de 66 a 70 cm de comprimeto? A minha idéia foi de usar um cano de PVC com tampão no fundo, pois é comprido o bastante, e de pé ocupa pouco espaço. (pra ficar legal mandei fazer um suporte, conforme foto)

MODO DE USAR: Ferva a água, com cuidado jogue dentro do recipiente, as laterias já prontas para serem dobradas devem ser imersas.

Dica: Jacarandás devem ficar mais tempo para depois de retirados da água dobrarem melhor, cerca de 40 minutos na água quente. Já madeiras macias como mogno e cedro podem ficar a metade deste tempo.

*NOTA: entendamos que a madeira já está curada, ou seja perdeu a humidade necessária para sua estabilidade, e isso leva meses e até anos. Molhá-la é necessário para que as fibras tornem-se mais elásticas para dobrar, caso contrário seria impossível, a madeira racharia. Isso não indica que ela voltará a ter a mesma humidade quando foi cortada. Espera-se um dia para o outro para poder secar e colar.

Laterais e fundo para Viola e violão é na VIVACE

Abraço de violeiro para todos!

Luciano Borges

2008-04-16

Colas para luthieria: Adesivos Titebond, agregando qualidade à nossa Viola!

Enfim, uma cola com qualidade internacional está agora disponível para os amigos luthiers do Violamineira. Trata-se de uma Parceria da TINO J. MANOSSO , que representa a marca Titebond no Brasil, com o Violamineira. É uma linha de produtos especiais para luthieria, disposta para várias colagens das partes da nossa amada Viola. Tem cola especial,"cola animal" para tampo e cavalete (Titebond Hide Glue), e a clássica cola amarela para madeiras "Titebond Original". Estou preparando um tutorial sobre as colas Titebond assim, mostrarei sua ideal aplicação, é só aguardar!

CONTATO: GROSSL IND COM LTDA Fone: 47/3631-4000 – Fax: 47/3634-1145 – E-mail: grossl@grossl.com.br São Bento do Sul/SC

Abraço aos amigos Parceiros

2008-04-14

Captador para Viola Caipira!

Muitos me perguntam qual a ,melhor forma de amplificar a Viola. É isso mesmo "cumpádi", pra Viola falar mais alto, é preciso amplificar a danada! E a novidade, é que procurei amplificar sem ter que furar nenhum buraco para equalizador, rastilho ou saídas (fêmeas), evitando perda de som e aumentando a vida útil do instrumento. VAMOS PROSIAR sobre esse "setup" que estou usando na Turnê Mineira da Orquestra Viola de Arame.
Primeiramente esclareço que não aprovo o uso de "furos" na caixa de ressonância dos instrumentos acústicos, acredito que isso possa prejudicar a qualidade do instrumento. Portanto equalizadores internos, e saídas output considero proibitivas. Pensei em usar um captador cerâmico (que se encontra em qualquer boa loja de instrumentos), já que as cordas são de aço e podem captar bem. Só que a qualidade desses captadores, por serem baratos, é um pouco inferior, daí me veio a idéia de usar um pedal "EQUALIZADOR"(ver foto). Beleza, foi o que eu procurava, um som fiel ao instrumento que pode ser captado ou não, segundo a minha vontade. E ainda troquei a capa plástica do captador por madeira, dando uma disfarçada bem legal no visual!
Abraço de violeiro pra todos!
Luciano Borges



*foto: Mostro o equipamento usado no último sábado 12/04 durante apresentação na cidade de Paracatu/MG.

2008-04-08

COMEÇANDO DO ZERO: Análise deste importante ponto para a escala da Viola.

É isso mesmo cumpadre, vamos ver que nem sempre o número zero significa nada! Primeiramente esclarecendo, os "trastes" são encontrados em diversos tamanhos e formas, sendo os mais conhecidos os tamanhos FINO / MÉDIO/ JUMBO (ordem crescente de tamanho). Nos instrumentos mais antigos, eram usados os de "latão" (aqueles amarelados). Interessante os trastes da Viola de cocho, parente próxima da nossa Viola de Pinho, seus trastes eram feitos de barbante e grudados com cera. Hoje os trastes são vendidos em rolos (por metragem) ou já picados. Vamos ao ponto:
TRASTE ZERO: O traste zero é uma característico em instrumentos antigos, foi usado até mesmo no violão. Hoje quase não se encontra no mercado de violões, guitarras, bandolins e outros conhecidos instrumentos de corda este tipo de construção. Isso pois a pestana de osso, neste instrumentos funciona como o traste zero, e a altura das cordas é também regulada no próprio osso. Na "contramão", mostrando sua identidade forte e apego à tradição, nas Violas Caipiras o traste zero é ainda muito utilizado pelos seus fabricantes, sejam industriais ou artesanais (foto ao lado).

DICA: Usar o traste zero implica usar uma "ação" de cordas baixas. Seu uso permite um som mais estalado pelo fato de que as cordas passam sobre o metal do traste zero (foto ao lado), e o osso apenas serve como separador dos pares das 10 cordas. A dica interessante é usar SOMENTE no traste zero, um tamanho maior, ou seja o JUMBO. Exemplo: Se escolher trastar a Viola com trastes finos ou médios, o traste zero deve ser jumbo. Dessa forma, é possível diminuir problemas com trastejamento nas primeiras casas, as cordas passarão com uma altura ideal sobre toda a escala. Êita viola!

*para comentar, clique em "Comentários" logo abaixo!
Abraço de Violeiro

Luciano Borges

2008-04-01

PARA AS PRÓXIMAS SEMANAS!

Estou preparando um tutorial sobre a aplicação do verniz PU, acabamento de alto brilho, durável e resistente pra nossa Viola! AGUARDEM!